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este ar…

ou outro que há-de vir?

Como desenhar as fronteiras e os limites do ar? 

Esta matéria de extensão (aparentemente) desterritorializada e desterritorializante!

 

Uma reflexão sobre o ar poderá assumir-se como o caminho para a sua divindade: uma transcendência da atmosfera...

O ar é a matéria que envolve todo o território e toda a paisagem. Uma substância invisível, mas alcançável, percetível.

 

Será a ubiquidade do ar que o permite ser a verdadeira matéria comum? 

 

Um território é limitado por fronteiras contidas por uma gestão que as reconhece e as declara.

 

Uma paisagem é ilimitadamente adequada à grandeza de cada olhar, a concretização da relação do ser humano com o território. A dimensão estética da paisagem aponta para a discursividade dos valores da natureza e da ação humana exercida sobre ela. 

 

O ar afeta sempre a existência da paisagem. E será incontestável que a qualidade do ar interfira na estética da paisagem.

 

São os comportamentos e ações humanos em solo terrestre, territorializado e territorializante, que limitam a (possível) dimensão comum do ar. 

 

Daí, resultam as questões de políticas de avaliação e gestão para proteger a saúde pública e a qualidade de vida das populações. E, se o nosso lugar comum é composto por território(s) de divergências políticas e éticas, como poderá o ar, influenciador de paisagem, atingir uma extensão verdadeiramente livre e democrática?  

Curadoria e
coordenação editorial

Gisela Rebelo de Faria
Nuno Aroso 


ISSN:2795-5400

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​vídeo de Vicente Mateus

Fotografias Catalão
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